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Muitas pessoas cruzam nossas vidas diariamente, seja no shopping, no balcão de uma confeitaria, no centro da cidade… e cada...

Todos os relacionamentos mudam com o passar do tempo, mas o que acontece quando muda para pior? “No início tudo...

A cultural influência a vida das pessoas em diversos aspectos: suas crenças, comportamentos, percepções, emoções, linguagem, religião, estrutura familiar, dieta,...

O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, um destacado dissecador da sociedade do hiperconsumismo, fala sobre suas críticas ao “inferno do igual”....

Ensinamentos do tempo
Coração palpitando, frio na barriga, mãos suadas, ansiedade a mil e cabeça nas nuvens… A cada “nova” paixão e encantamento, novos projetos e sonhos para o futuro a dois. A cada rompimento, solidão, carência, quebra de expectativas e tristeza. Somos feitos de dúvidas, acertos e erros… Aprendi com o tempo, que a graça da vida é nós que damos, e que a apenas nós cabe nossa felicidade. Aprendi a não levar a vida tão a sério, pegar mais leve, e na relação, não culpar o outro por decepcionar as minhas expectativas… Já perdi alguns amores, e ao perdê-los, me deparei com outras perdas da minha vida. Uma dor, nunca é uma dor sozinha. Uma lembrança se liga à mil histórias. Já acreditei no “felizes para sempre”, e já me devotei à algumas paixões as quais acreditei serem únicas… mas o tempo me mostrou o contrário. Prefiro continuar acreditando e apostando no amor, do que desacreditar nele. Quantos homens da minha vida eu ainda terei, só o tempo poderá dizer, mas continuarei acreditando que o atual será o último, porque a final de contas, qual a graça e razão disso tudo? Aprendi que o “felizes para sempre” não existe, que uma relação é feita de conflitos e divergências, mas que o sentimento que une o casal, deve prevalecer, caso contrário, melhor seguir a diante. Existem casais que dizem estar juntos, mas mais parecem seres solitários no mesmo ambiente. O estar junto, não é dado apenas pela presença… O que será que os mantêm juntos ou porque eles investem em relações já desinvestidas? Só eles mesmos sabem, ou nem eles… Acredito que é melhor estar sozinha, do que estar em uma solidão à dois… Hoje olho para o passado com ternura, para os homens da minha vida que já se passaram. Hoje agradeço por tudo que vivemos, e não porque um dia foi lindo, mas sim porque hoje olho para trás e me parece linda a nossa história. Não que não tivemos brigas e discussões, mas o tempo amenizou as dores, e deixou as marcas doces e aprendizados… o tempo passa e com ele sobram as boas lembranças. Dizem que quando se olha um antigo amor sem dor, é sinal que se está pronta para o próximo… Que tal embarcar nesse “loop” e se arriscar em algo mais profundo?

Entra, mas não bagunça
Vai ficar por quanto tempo? Te preparo um café, ou preparo a minha vida? Pensando na dinâmica dos relacionamentos modernos, a atração física e o desejo se sobressaem Se existe o desejo, parece que entra na ordem do permitido… “eu quero, eu posso, e quero agora”. As mudanças culturais resultaram em uma maior liberdade sexual e poder de experimentação, e isso tem repercutido em mudanças na forma de se relacionar. Os padrões normativos antes estabelecidos “caíram por terra”, mas mesmo assim, ainda é necessário que exista combinações e concordância entre as partes envolvidas. Parece que cada vez mais se ignora o outro, ou o percebemos, como um objeto de satisfação de nossos desejos, e era isso… Essa lógica distorcida de se relacionar e de se posicionar frente as novas relações, juntamente com o imediatismo e a praticidade dos tempos atuais, pode gerar danos e traumas. Se quiser entrar na minha vida, a porta está aberta. Mas você está a passeio ou veio para ficar? Não adianta entrar, me apresentar para a família, bagunçar tudo e depois sumir, como se nada houvesse… houve, e talvez os significados para ambos tenham sido diferentes. Está tudo tão efêmero, e meio vazio… A entrada foi permitida, mas os objetivos eram diferentes, e nada foi dito. Essas experiências vão tornando homens e mulheres mais fechados, desconfiados e com dificuldades em se relacionar. A vida é totalmente feita de escolhas, e o poder de decisão é seu, desde que não afete o outro, não o machuque. As relações têm começado e terminado de maneiras tão estranhas… simplesmente existe um afastamento de uma das partes, e a outra fica sem entender direito o que aconteceu. Daí abre-se espaço para as fantasias… “Será que foi o que eu disse? Ou fiz algo errado? Ou ele(a) tem receio de se envolver?” Ao mesmo tempo que cada vez menos sabemos lidar com o diferente, cada vez mais a diferença se impõe. Entra, mas não bagunça nada, se pretende sair tão depressa. Não costumo abrir a minha vida a qualquer estranho, se abri é porque acreditei que seria diferente…

Medo de ser dependente?
As pessoas no geral tem muito medo de se tornarem dependentes, seja de drogas, de outras pessoas ou de medicamentos… Por mais que estejam sofrendo ou tendo dificuldade, evitam ao máximo buscar ajuda. Parece que para ter valor e ser bom, é necessário ser autosuficiente. Mas será que alguém consegue essa façanha? Frente a essa lógica distorcida, só tem valor quem consegue resolver seus problemas sozinho e de uma forma brilhante, caso contrário é um “fracassado”. As pessoas geralmente tem essa visão, e veem a terapia com sendo algo para problemáticos e loucos. A busca por ajuda espontânea, demonstra na verdade, uma boa noção do sujeito de suas capacidades e limitações. Essa ajuda pode ser pontual ou pode ser mais prolongada, depende de cada pessoa e de necessidades e características individuais. A terapia além de auxiliar nas questões ligadas ao sofrimento, as dificuldades relacionais (com pais, namorados, filhos, esposa) e os sintomas emocionais (desânimo, nervosismo, dificuldade de concentração), ela oportuniza uma maior noção e percepção do sujeito sobre si, equilíbrio emocional, além de abrir um mundo de novas possibilidades e olhares frente a situações antes cotidianas e inquestionáveis. A ideia é sair da zona de conforto e se permitir pensar, mas agora não mais sozinho. Acredito que talvez a grande resistência das pessoas em buscar ajuda, esteja no medo de gostar e de se tornar “dependente”. No entanto isso é uma fantasia, desde que o psicólogo seja bom, pois a ideia da terapia é exatamente o contrário, é fortalecer o paciente para que ele sozinho consiga tomar as rédeas de sua vida, mas dessa vez, de uma maneira mais clara, coerente, equilibrada, independente e confiante. Frente as dores, as dificuldades e os problemas diários, muitas pessoas recorrem à soluções rápidas (remédios), já outras temem a dependência química, e evitam ao máximo as pílulas. Mas será que é possível mudar comportamentos e pensamentos apenas com pílulas? Muitos casos podem ser solucionados apenas com a psicoterapia, mas em outros a medicação é também parte importante do processo de melhora. O tratamento combinado, se refere ao tratamento psicológico, juntamente com o auxílio medicamentoso, algo bastante indicado, quando há necessidade. Mas importante lembrar, quem deve avaliar os riscos, os benefícios e indicar o tratamento é um profissional de saúde mental. O que te incomoda em sua vida? Que características você gostaria de desenvolver? Que relacionamentos gostaria de melhorar? Que tal pensar a sua vida de uma nova perspectiva? Saia dos pré-conceitos, permita-se pensar e ser mais feliz.

Desencontros amorosos
Escuto muitas mulheres dizendo por aí que ninguém quer nada com nada, que os homens não querem envolvimento e que é muito difícil achar alguém legal, mas também escuto o mesmo discurso do outro lado. Acho que as pessoas estão muito exigentes em relação ao amor. Mas espera um pouco, do que exatamente estamos falando? De pessoas reais ou de projeções que tendem a resultar em frustrações? A indústria de animação Walt Disney e Hollywood talvez tenham grande influência nesses desencontros amorosos. Hoje em dia qualquer passo em falso pode acabar com uma possível relação. Porque será que as relações estão frágeis e instáveis? Qual o valor que os sentimentos e os relacionamentos têm nos dias de hoje? Zygmunt Bauman, é um grande sociólogo que trabalha com os temas da modernidade líquida, amores solúveis e fragilidade dos laços afetivos. Nos faz pensar que vivemos em uma era, onde a tecnologia domina as novas formas de relação, e a instabilidade, a intolerância, o imediatismo e insegurança são resultados desta dominação. Porque se dedicar a uma única relação, se o whatsapp oferece a possibilidade de conexão com vários(as) em segundos? A tecnologia foi criada para encurtar caminhos, e não para nos distanciarmos ainda mais emocionalmente. A fila anda , é uma frase bastante batida, mas acho que ultimamente, a fila já não anda, ela voa. Não aceitamos erros alheios e não aceitamos nenhuma espécie de defeito. Se tiver um dedo torto, se usar aparelho, se caminhar de uma maneira estranha e se tiver uma pinta, pronto, já são razões suficientes para se afastar. Será que são esses detalhes que impedem a relação ou é você que não se permite envolver profundamente com um outro? Queremos que todos correspondam as nossas expectativas, que por sinal, estão cada dia mais altas. O que nos é possível, não nos interessa. Almejamos o perfeito, o irreal, a fantasia. Estamos na era da velocidade e da superficialidade, onde tudo que demanda esforço e dedicação é evitado. Mas importante lembrar que pessoas e sentimentos não são descartáveis. E no meio de tudo isso, esquecemos o essencial: para se relacionar, é preciso tempo e tolerância. Mas apesar de todo esse blá, blá, blá… Acredito que as pessoas não sabem exatamente o que querem e o que estão procurando. Você sabe? Se as coisas não estão dando certo, talvez você tenha grande responsabilidade sobre isso. E se o padrão que você busca é sempre o mesmo, e isso não te faz bem, é bom parar um pouco, rever seus conceitos, se pensar, e talvez buscar ajuda. Tem muita gente bacana por aí, talvez querendo exatamente o mesmo que você. Então antes de colocar a culpa de sua vida amorosa no outro e na sociedade, pense no que você está realmente fazendo por você. Se permita, se experimente. Esquece tudo aquilo que aprendeu nos filmes sobre príncipe e princesa, cavalo branco e felizes para sempre. De valor aos detalhes, aproveite o momento e as companhias. Larga o celular, e vai se conectar com a pessoa que esta aí do teu lado. Talvez assim seja possível conhecer uma pessoa especial e viver uma história real.

Psiquê Humana: Amo by Jout Jout
A youtuber Jout Jout faz terapia e fala neste vídeo de uma maneira despojada e bem humorada sobre sua experiência, sobre preconceitos e sobre a importância do autoconhecimento. Vale muito a pena assistir! 🙂

Olhando para trás
É curioso, por vezes triste, na maior parte das vezes estranho olhar para trás, reler uma carta, ver uma foto, e ver que a pessoa pela qual você jurou amor um dia, hoje não faz mais parte da sua vida. Muitas vezes é difícil até de acreditar que aquela pessoa um dia dividiu a vida com você, que fizeram planos juntos… porque hoje ele(a) se tornou um completo estranho(a). Parece um filme que você assiste, mas que não se reconhece no papel de protagonista. Lembra cenas, lembra falas… mas definitivamente, não era você. Estranhezas e mudanças da vida… A relação terminou e vocês seguiram em frente, foi necessário romper vínculos, reavaliar decisões, refazer planos, mudar, voltar a trás, se reinventar… Frente a dor da perda o luto é natural. Não me refiro apenas as perdas concretas, falo também de perdas ocasionadas pelo movimento natural, por decisões e pelo crescimento… Vocês passaram por todas as etapas do fim de um relacionamento. Sofreram independente da razão do término, porque as vezes terminar sem razão específica é ainda mais dolorido, mas passou, e esse ciclo se fechou. Com o tempo, muita coisa mudou… você, ele, os objetivos de vida, os gostos. Os amores e escolhas estão ligadas a momentos de vida… No momento em que viviam juntos, não enxergavam outras possibilidades, não passava pela cabeça estar com outro(a)… Mas depois que passa, parece que tudo faz sentido, e o olhar para traz parece estranho. A marca existe internamente, o carinho e afeto, muitas vezes também, mas com o tempo esquecemos a intensidade daquela relação… e até desconfiamos de sua veracidade. Sabemos que existiu, foi forte, temos provas concretas: cartas, presentes… mas já não se lembra da intimidade, das confidências. Parece que foi um sonho bom, mas que depois você acordou. Toda história tem um fim, mas na vida sempre existem novos recomeços…

Como fazer uma boa análise?
Será que existe uma fórmula, ou o que é esperado de você em uma sessão de terapia? Cada pessoa chega como pode, fala o que consegue, e o tratamento é muito individual. Neste vídeo o psicanalista e professor Christian Dunker aborda o tema e nos ajuda a aprofundar e pensar sobre tais questões e inseguranças que podem existir.

A falta que me faz
Você já pensou nas características que você considera fundamentais em um parceiro? Já deu a “sorte” de encontrar alguém como todas essas características, e mesmo assim a relação não fluir, algo não bater? Não é apenas o encontro com o que idealizamos que faz a relação acontecer. Às vezes falta química, outras vezes reciprocidade, ou ainda você percebe que aquelas características nem eram tão importantes assim. A química pode ser incrível, mas muitas vezes, fica só na cama, pois a relação fora dela fica inviável. São múltiplos os fatores que interferem em uma relação… química, carinho, disponibilidade, projetos de vida, afeto, desejo, mas para que a relação se desenvolva, é necessário o reconhecimento da falta. A noção de incompletude é fundamental, pois é ela que permitirá a entrada do outro. Quem se acha completo e autossuficiente, não precisa de mais nada. Não falo em disputa entre os sexos, falo de reconhecimento da diferença, e não só da diferença de gênero. Eu sei que as exigências sociais são gigantescas, e que os avanços da tecnologia contribuem para essa crença de que podemos tudo… Cada vez mais ouvimos o papo de que homens e mulheres são completos. Acredito que todos são inteiros por si só, mas essa fantasias de completude, e que não precisam de mais ninguém, só tende a dificultar e impedir futuros relacionamentos. A tecnologia, foi criada para nos auxiliar, e não para nos substituir. A própria inseminação artificial veio como uma possibilidade de ajudar casais a realizarem seus sonhos, e não para se distanciarem e criarem a falsa ilusão de que não precisam mais um do outro. Quem acredita ser onipotente, não sabe se relacionar, e não sabe amar. Se não há falta, não há o que desejar, e se não há desejo, o outro pode ser facilmente dispensado.

Ser PAI é MARAVILHOSO
Marcos Piangers fala lindamente sobre a importância do pai na criação dos filhos e as marcas ocasionadas quando ocorre a falta. Delicadamente fala sobre a experiência de ser pai, e a relação de amor construída com suas filhas. Vale muito apena assistir!! 🙂

A Inconstância das relações
Fomos levados a introjetar em nosso imaginário, que o “felizes para sempre” é o que a vida amorosa nos reservaria, mas ninguém nos contou que a constância afetiva, não é uma característica dos relacionamentos. Existem casais que todo o relacionamento é marcado pela intensidade, do início ao fim. Já outros, são marcados pela serenidade. Nesse processo não existe certo ou errado, mas sim encaixes, que podem funcionar a curto, médio ou longo prazo. Nada é 100% todo o tempo, nem pra você, nem para ele(a). Hoje talvez vocês estejam em uma fase maravilhosa, daqui uma semana, quem sabe? As apostas são muitas, e quanto mais alto for o ideal amoroso, mais difícil será alcançá-lo e/ou mantê-lo. Haverá momentos de divertimento, estranhamento, por vezes frustração e isso é perfeitamente normal. A experiência amorosa é singular, limitada, ambivalente, imprevista e imperfeita… Por mais estável que parece ser uma relação, ela ainda sim, é permeada por instabilidade. Porque frente a falta de certezas, sempre um certo grau de angústia será despertada. Essas nuances afetivas afetam os relacionamentos, gerando questionamentos quanto aos possíveis sentimentos envolvidos. As resistências muitas vezes surgem aí, na impossibilidade de compreender esse emaranhado de sentimentos e sensações. Além da dificuldade de encontro, a lógica dos relacionamentos está em contradição com a supremacia do consumo e prazer imediato. A ambivalência de sentimentos é comum, existe a presença simultânea de atitudes e sentimentos opostos, entre os extremos, o amor e o ódio em relação com o mesmo objeto de amor… “como posso as vezes odiar o meu companheiro? Será que eu ainda o amo?” Conflitos de sentimentos, que geram incertezas e a inconstância das relações. Não fomos preparados para lidar com as adversidades da vida. Parece que ou se está tudo 100%, ou é hora de repensar a relação. Frente a esse conflito afetivo, muitas relações são desfeitas… por simplesmente não entenderem que essas oscilações fazem parte do processo de relacionar-se. A vida não é tudo ou nada, não é satisfação absoluta ou desprazer completo. A vida não é feita aos extremos, é na busca pelo equilíbrio, que se busca a felicidade a dois. Caso você não consiga acreditar nisso, e busque seu conto de vida, dificilmente conseguirá superar um conflito, e viverá sempre tendo que reaprender a viver em carreira solo.

Essa tal carência
Em plena era da tecnologia, a carência tem tido um sobressalto importante. Estamos cada vez mais conectados e ao mesmo tempo mais isolados, mais introspectivos. O celular “bomba” de mensagens, facetime, whatsapp, mas no contato “face to face” parece que ocorre um bloqueio. A fantasia de companhia que o mundo online oferece, acalenta o sujeito e lhe traz tranquilidade, com a proteção de uma tela. Ao mesmo tempo que se procura a conexão, busca-se a privacidade da casa, do quarto… é uma lógica contraditória que se instala. Algumas pessoas te contam a vida inteira depois de um simples “como você está?”, já outras, publicam a intimidade no facebook. A necessidade de contato e preenchimento dos vazios internos aumentou, a carência afetiva parece estar em alta. Algumas pessoas que se “bancam” de independentes e bem resolvidas, mas no fundo, guardam a 7 chaves, suas carências, como se mostrá-las fosse algo para fracos. Outras pessoas se envolvem afetivamente, pelo simples fato de alguém se preocupar com elas… e tem as que possuem relacionamentos simbióticos: “sou tão você que sinto falta de mim mesmo.” Tendem a achar que as suas necessidades serão atendidas pelo outro, o que é um grande engano. São pessoas comuns, que cercadas de informações e exigências, as vezes se sentem atordoadas, confusas e exaustas… com isso, a angústia interna, só tende a aumentar, e quanto maior ela for, maior será a sensação de vazio e maior a necessidade de preenchimento. Alguns a preenchem com trabalho, outros com relacionamentos, comida, drogas, redes sociais e as possibilidades são muitas… Essa carência afetiva influência na autoestima dos sujeitos, tornando-os cada vez mais inseguros e ansiosos. Na tentativa de dar conta dessas sensações e sentimentos, publica-se a vida na rede, e se compartilha a dos outros. Existe uma profunda preocupação com o olhar do outro. O impulso é mostrar à rede a sua importância, e os likes e comentários, irão aliviando a angústia e lhe dando legitimação, valor e reconhecimento. Quem tem mais likes é mais popular, mas quem é mais feliz?

Nossas Diferenças
A diferença de funcionamento, pensamento e comportamento entre homens e mulheres é algo bastante nítido. Estudos apontam que o funcionamento cerebral também é diferente, o que resulta nos contrastes que observamos ao nos relacionarmos. No entanto essas diferenças de gênero, parecem ser vistas atualmente como comparações de superioridade e inferioridade, e não apenas como simples diferenças. Parece que o valor está ligado ao poder, e cada vez mais as mulheres brigam para se igualar aos homens. Não me refiro aos extremos nem as obrigações sociais… falo de homens e mulheres que vão diariamente á luta, na vida, no trabalho e no amor. Parece que existe um descompasso importante, e que a diferença não é bem vista… Qual o problema em aceitar uma atitude de cavalheirismo? Que necessidade é essa de se “bancar” a todo o tempo, negando até mesmo nossas diferenças e por vezes limitações? Que necessidade é essa de reafirmação constante? As mínimas diferenças entre homens e mulheres estão sendo levadas ao limite. Na verdade, ainda temos alguma diferença? Para se abrir ao novo, precisamos constatar nosso limite. Precisamos acreditar no que investimos, e acreditar que este algo ou alguém, irá nos agregar e nos fazer bem. Isso vale para amizades, família, trabalho, viagens… As situações e os encontros não acontecem do nada, tudo depende de você, e de como você se posiciona frente ao mundo. Muitas mulheres tem dificuldade em se deixarem ser cuidadas, como se o seu valor pessoal, estivesse em seu poder aquisitivo ou na sua fantasia de independência. Vá pra rua garota! Mas pare de “pregar” independência, porque talvez você assuste alguns por aí… Pessoas independentes não “pregam”, simplesmente vivem livremente. Homens e mulheres precisam se haver com suas reais condições, e constatar suas diferenças, assim será possível lidar melhor com o outro. Com o tempo se aprende que o que tem valor, é o que você é, e tem a oferecer no âmbito emocional e afetivo, e que a dita “luta entre os sexos” no campo dos relacionamentos, tem prejudicado muito as novas relações.